Hora da Experimentação!

20/01/2022
Posted in Colunistas
20/01/2022 Claudia Ayres

Provavelmente, o momento mais esperado e mais envolvente de todo o processo de ensino-aprendizagem na construção do conhecimento científico, a EXPERIMENTAÇÃO, sempre encantou a quem está aberto a viver possibilidades de acertos, de erros, de se surpreender.

Quem já não assistiu a algum desenho animado (Laboratório de Dexter, Jimmy Neutron…), série (como não falar de Breaking Bad!! rs) ou filme na TV ou cinema (Harry Potter tem vários momentos de experimentação – junto com um tantinho de magia, Radioactive, sobre a vida da mais conhecida cientista mulher da história, a Marie Curie, o Óleo de Lorenzo, que trata sobre uma síndrome rara e a busca de uma família por um tratamento frente os interesses da indústria farmacêutica, entre outros) com cenas em que a experimentação atrai nossos olhos como uma imã!!! Cores diversas, misturas que liberam fumaça e borbulham, as percepções visuais das transformações da matéria são muuuitosedutoras e podem atuar como um portal de interesse para se entender o que está acontecendo.

Agora, cá entre nós, se você que está lendo este meu texto e já teve alguma destas sensações de curiosidade ao ver um frasco colorido soltando fumacinha, imagina uma criança? 😉

Potente no uso dos sentidos, a experimentação é um momento intenso em que a atenção, a postura, o trabalho colaborativo, a partilha, a escuta ao outro, a organização do ambiente, estão todas juntas e misturadas!!

Ou seja, o trabalho de desenvolvimento do atitudinal das crianças está fortemente presente. Isto claro, além da oportunidade de testar hipóteses e de vivenciar um pouco o que é fazer ciência experimental.

E não pense que só se faz experiência num laboratório, viu? Nós podemos realizar experimentações na cozinha de casa, na praia, no chuveiro… basta estar pronto para se aventurar por caminhos até então desconhecidos ou pouco percebidos e vislumbrar possibilidades de construir o caminho da aprendizagem.

Neste contexto, a criança é o ator principal deste processo! É ela quem faz, quem manipula, quem pergunta e responde, interagindo com o sistema em estudo e reorganizando seus saberes, suas ideias. Mas olha, se vejo a criança como ator principal, atribuo ao professor o papel precioso de autor pois, essa trajetória só é possível com a sua orientação, com o seu planejamento de ações pensadas e estruturadas para que o aluno construa este saber! 😊

Claudia Ayres

Reinventora CORE, professora e pesquisadora, possui Bacharelado em Química pela Universidade de São Paulo (1995), Licenciatura em Química pela Universidade de São Paulo (2007), especialização em Psicopedagogia pelo INPG (2004), Mestrado em Ensino de Ciências - área Química pelo programa Interunidades da Universidade de São Paulo (2011) e doutora em Ensino de Ciências - área Química pelo programa Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo (2018)