O mundo da educação estava caminhando lentamente em mais uma manhã de sol, até que uma notícia alarmante o deixou desnorteado, algo que com certeza deu um frio no seu tornozelo e mal sabia ele que isso mudaria tudo.
Mudança? Ótimo! Assim que as coisas evoluem, certo?
A questão vai muito além do fato de mudar, colocando os holofotes no que acelerou esse movimento de transformação, abalando de forma inimaginável as coisas em um espaço de tempo curtíssimo.
O ano de 2020 foi marcado por um evento que entrou para a história, mas que se pudéssemos escolher, preferíamos não ter essas páginas disponíveis pela eternidade.
Ok, a pandemia chegou, e como todas que tivemos na história, foi devastadora.
Mas o que isso tem a ver com a educação que caminhava lentamente em mais uma manhã de sol?
Calma pequeno canguru, vamos mergulhar um pouco mais.
Inicialmente as escolas tiveram que fechar, assim como todos os demais estabelecimentos, com exceção do setor de saúde e de alimentação (supermercados e padarias).
Então a pergunta que veio à tona foi: A educação está restrita ao prédio da escola? E se a pandemia durar 5 anos, deixaremos de aprender? O que é aprendizagem? Posso aprender fora do muro das escolas? O que a escola trazia além do conteúdo? Como os professores atuarão neste período? Enfim, já deu para perceber que a incerteza era a única certeza no momento.
Foram desenvolvidas inúmeras ações para que a educação viesse para o mundo virtual, onde a primeira grande corrida foi ensinar o professor a usar uma plataforma para gestão de conteúdo e uma para realizar as aulas ao vivo.
A palavra engajamento passou a ser a número um na área de educação. Só que este engajamento não estava sendo atingido. Os professores reclamavam da falta de interação dos alunos nas aulas on-line, do incomodo de estarem lecionando para bolinhas na tela e da preocupação do aluno colar nas provas.
Ué, se os professores aprenderam a usar o Google Class Room e o Google Meet, o que deu errado? Afinal, esses foram os ditos santo graal da nova educação, certo? Errado, na verdade ferramentas servem para facilitar o processo, mas o que engaja, desperta curiosidade, inspira e contribui efetivamente para a aprendizagem é o fator humano.
Mas, veio uma outra ótima ideia, que com certeza iria salvar a lavoura, que foi a gamificação. Professores tendo de aprender a colocar elementos de jogos em suas aulas e a pensar como um Designer de Games. Parecia promissor, mas na prática, para o professor que passou a maior parte de sua vida aprendendo a lecionar aulas caretas,desaprender em um curto espaço de tempo para aprender uma nova forma de inspirar parecia utópico. Vale lembrar que gamificar vai muito além de usar o kahoot, mas isso você já sabia, não é mesmo?
A esta altura do campeonato, as escolas voltaram a abrir parcialmente, fecharam novamente, abriram novamente e assim foi durante um longo período.
Neste período veio o ensino híbrido, onde o conceito era lecionar aulas com alunos em sala física e alunos no on-line ao mesmo tempo.
Muitas iniciativas, no entanto, eram aulas presenciais com os alunos on-line assistindo. Não sei se podemos chamar isso de híbrido.
Parecia mais um monte de alunos assistindo uma live do que uma interação entre todos nos dois ambientes.
Mas, enfim, chegamos no segundo semestre de 2021 e as aulas estão voltando ao presencial com mais força.
E se acordássemos hoje e misteriosamente a pandemia tivesse desaparecido, como seria o dia a dia da escola?
O celular faria parte da aula, ou ouviríamos aquele velho discurso: “Sem celular na minha aula. Se eu vir alguém com celular, eu vou recolher e só devolvo no fim da aula.”
A utilização de QRCODE para acessar conteúdo complementar no meio digital seria arquivada?
As provas voltariam a ser focadas no conteúdo, se é que um dia deixaram de ser, onde só caneta e papel são importantes, ou seriam baseadas em pesquisas e formação de senso crítico, com o uso de computadores como suporte?
Será que faríamos igual se estivéssemos nos preparando para uma guerra nuclear, estocando equipamentos e conhecimentos para serem acessados apenas após a próxima pandemia?
O que acontece com conhecimento estocado? Ele tem validade? E quando vence sua validade, o que você faz com ele? É possível repor o conhecimento? E remixar?
Voltaríamos ao dito “normal”? O pensamento seria: “Nossa, não via a hora da pandemia acabar para voltarmos como era antes, ainda bem que não precisamos mais nos preocupara com o digital/híbrido”?
Como preparamos o mindset dos nossos educadores durante este período?
Criamos de fato estratégias que nos aproximaram mais dos alunos, uma vez que muitos dominam mais a tecnologia que o professor? O educador se permitiu aprender com o aluno? Entendeu que não se trata apenas de preparar toda uma aula, mas sim de cocriar saberes?
Pensando em tudo isso, e acreditando que o educador é o agente inspirador e cocriador, a Eurekando e a Cidade Âncora desenvolveram a “Hora de Bugar”, uma aventura onde um novo mindset será explorado, maneiras práticas e rápidas de desenvolver experiências que despertam curiosidade e permitam a construção do senso crítico e o desenvolvimento de flexibilidade. A tecnologia é abordada como uma aliada, auxiliando o educador durante toda a jornada.
O híbrido é debatido com a utilização do físico com elementos digitais, do digital com mão na massa e com a noção de que os dois mundos na verdade são só um, não há separação, sempre foi uma questão de sinergia.
Que tal embarcar conosco na jornada que mudará sua forma de pensar a educação, desconstruindo a aula para desenvolver experiências de desaprendizagem?
Entre em contato com eurekandoforkids@gmail.com