Com a chegada da adolescência e consequentemente com as mudanças em vários aspectos da vida do indivíduo, fica claro o quanto é complicado para o adolescente lidar com o luto gerado por tantas mudanças.
Os sintomas depressivos manifestam-se no adolescente através de vários indícios, entre eles: a irritabilidade, ausência de contato social, alteração do sono, alteração psicomotora e baixo rendimento escolar que podem evidenciar um aumento de números de faltas, além de falta de concentração e interesse, pois esse transtorno pode comprometer todo o desenvolvimento da criança ou do adolescente interferindo com o seu processo de maturidade psicológica e social.
Esses mesmos sintomas podem ser confundidos com as mudanças apresentadas nessa fase de transição da vida infantil para a adolescente, agravando seriamente seu desempenho escolar.
Verificou-se a ocorrência do transtorno depressivo na escola e a necessidade de aprofundar pesquisas de como tais transtornos podem ser erradicados da vida do adolescente bem como conhecer suas implicações no processo de ensino-aprendizagem.
Dificilmente um único modelo ou teoria seria suficiente para esclarecer algo tão complexo como a depressão, pois integra fatores sócio familiares, psicológicos e biológicos, onde as inúmeras teorias não se excluem, mas se completam.
A família ocupa um lugar importante na possível identificação dos sintomas pois é necessário que se perceba com rapidez as características depressivas que prejudicam o desenvolvimento do adolescente e busque ajuda adequada, a fim de intervir o mais precocemente possível na causa, possibilitando um tratamento mais eficaz.
A escola desempenha um papel fundamental na percepção do transtorno depressivo do adolescente, dependendo desta instituição a importante função de se ter um olhar especial e diferenciado ao aluno e apontando para a família a necessidade de acompanhamento.
A neurociência vem esclarecer o funcionamento do cérebro e nos dar compreensão de como este aprende e memoriza em situações de aprendizagem.
É importante esse conhecimento se estender na formação acadêmica dos docentes, com o intuito de que compreendam o funcionamento desse órgão e tenham orientação adequada para desenvolver um trabalho voltado especialmente para atender a demanda de cada indivíduo, passando a enxergá-lo como um ser único.
Dificuldades que afetam o aprender hoje, são obstáculos para os quais a Neurociência é capaz de nos dar respostas e contribuir para que a educação seja de fato otimizada.