Olá, queridos leitores
A esta altura, eu adoraria saber seu nome, onde mora (pode ser só a cidade), o que te encanta na vida e, cá entre nós, como você chegou neste nosso bate-papo. Sim, enquanto eu escrevo, consigo mever numa roda de conversa com várias pessoas, por enquanto sem rosto, falando muito (como todo professor! Rsrsrs) mas, também ouvindo você, conhecendo um pouquinho mais sobre seu repertório de vida, sabe? Porque são nossas vivências que nos definem, nos fazem nos encontrar em um lugar neste mundão meio virado de ponta cabeça, muitas vezes. E é justamente por acreditar nisso que vejo e sinto como imprescindível iniciarmos as crianças no ensino de ciências, na educação infantil. Alimentar nelas a possibilidade de mergulhar no mundo, olhando tudo ao seu redor, de maneira mais aguçada, vai construir memórias e estruturas de conhecimento que farão diferença em todo seu caminhar, não só acadêmico, mas de vida. E esta percepção que tenho sobre a vivência em Ciências Naturais, já na educação infantil, encontra uma demanda cada vez mais presente que é a alfabetização científica. Se você pouco (ou nunca) ouviu falar desta expressão, Chassot (2003), entre vários trabalhos que fez sobre esta temática, traz uma definição bastante simples: “…fazer com que alunos e alunas, ao entenderem a ciência, possam compreender melhor as manifestações do universo”.
Esta compreensão do mundo também está presente na nova Base Nacional Comum Curricular onde, ao tratar a Educação Infantil, a reconhece como início e fundamento da educação básica. Neste documento se legitima que as crianças aprendam em situações nas quais elas são agentes ativos, vivendo situações que as desafiem, as provoquem a buscar formas de resolver, compartilhando com os seus pares e com o mundo ao seu redor.
Bem, não sei você, leitor (a), que me acompanha até aqui, mas, para mim, o ensino de ciências naturais pode desempenhar muito bem este papel de incentivador da resolução de problemas, de estimulador de resoluções criativas, de terreno fértil à novas descobertas e a partilha de cada uma delas (lembra do exemplo do apito no primeiro texto?;)).
E, cá entre nós, pelo que tenho vivenciado nesta área há quase três anos, as crianças não só respondem muito bem a todo este incentivo e desafio que pode ser proposto pelas ciências naturais, como elas adoram conhecer mais e se apropriar deste saber. E como fazer isto? Como aproximar as crianças destes saberes? Você tem alguma pista? Alguma ideia?
Vou dar uma pista: elas fazem isso o tempo todo e, muitas vezes, com o que têm na frente: uma pedrinha, uma porção de areia ou terra, um pouco de água, um recipiente qualquer…
Bem, vou te deixar pensando e continuamos nosso papo no próximo texto, ok?
Até breve!
Referência Bibliográfica
CHASSOT, A. (2003). Alfabetização Científica: uma possibilidade para a Inclusão Social. Rev. Bras. Educ., nº 22, pp. 89-100. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/rbedu/n22/n22a09.pdf, disponível em 09/05/2020.