Débora Garofalo é a caçula de 3 irmãs criadas pela mãe no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo. Sempre acreditou no poder transformador da educação. Professora de português, radicalizou o currículo da escola onde lecionava ao ensinar robótica a partir de itens encontrados no lixo. A sucata, aliada à tecnologia, a levou para longe: foi finalista do “Global Teacher Prize 2019”, considerado o “Nobel da Educação”. O sucesso fez com que o governador paulista, João Doria, a convidasse, em junho, para compartilhar o conhecimento em todo o Estado, levando seu projeto para 2 milhões de estudantes da rede.

Graças ao projeto “Robótica com sucata”, Débora Garofalo concorreu ao prêmio de melhor professor do mundo.
Na Secretaria da Educação, Débora tem como desafio implementar disciplina de Tecnologias nas salas de aula. “Em primeiro lugar estou muito feliz com esta imensa oportunidade. O nosso desafio será o de não só levar tecnologia e infraestrutura para as salas de aula, mas também ‘virar a chavinha’ para um outro olhar para a tecnologia”, afirma a professora.
Uma das propostas da profissional é ouvir professores, professores coordenadores do núcleo pedagógico (PCNPs) e alunos para formar um mapeamento visando implementar a disciplina de tecnologia para os cerca de dois milhões de alunos da rede pública estadual. Ela ainda defende que a evasão escolar será diminuída, pois os alunos do Ensino Médio, por exemplo, estarão mais participativos com as novas oportunidades.
”Não podemos nos esquecer que o celular é hoje um instrumento importante de aprendizado e devemos fazer uso disso. É claro que vamos lutar para melhorar a infraestruturas das escolas com Wi-fi de qualidade, bons equipamentos, mas que a disciplina de tecnologia não versa só sobre equipamento Hi-Tec , mas a nossa visão e utilização adequada”, finaliza.